Desde 19 de março deste ano, a Receita Federal deflagrou a Operação Maré Vermelha, com o objetivo de combater a entrada desleal de produtos e fraudes tais como subfaturamento e utilização de falsa classificação fiscal nas importações. A operação consiste em maior rigor nas conferências de mercadorias e trâmites burocráticos, nos portos do país, inclusive nos chamados “portos secos” – terminais terrestres, chamados ainda de zona secundária, onde são armazenados e agilizados documentos necessários para o embarque (nas exportações) ou retiradas (nos casos de importações), desafogando assim as zonas primárias, como portos marítimos, fronteiras e aeroportos.
Apesar da iniciativa ser válida, a carência de pessoal da RF tem motivado atrasos nas liberações. Por consequência, a mercadoria parada não pode ser utilizada, prejudicando, dentre outros, o setor industrial, que fica sem matéria-prima para produção. O diretor executivo do Porto Seco de Novo Hamburgo, Renan Henrich, diz que isto é “uma bola de neve”, com vários setores prejudicados.
Já o delegado da RF de Novo Hamburgo, Luiz Lorenzi, discorda, afirmando que houve um pequeno aumento no tempo de liberações.
Para tentar uma solução, a ACI-NH se reunirá hoje com a RF. A instituição novamente se mobiliza para tentar resolver um problema que afeta a toda região, especialmente o setor industrial.
Fonte: Jornal NH.