Alavancada pelo segmento de infraestrutura, a indústria da construção civil deve ter alta de 2,9% neste ano e de 3,9% em 2014, segundo projeções da consultoria LCA.
“A construção pesada deve ser impulsionada pelos estímulos para investimentos que os Estados do país receberam”, afirma o economista Fernando Sampaio, sócio da empresa.
“Com o relaxamento do teto de endividamento que o governo federal concedeu, os Estados não vão desperdiçar a oportunidade [de realizar novas obras], inclusive porque temos eleições no próximo ano”, acrescenta.
As linhas de financiamento do BNDES também devem estimular o segmento, de acordo com Sampaio.
Para a área imobiliária, no entanto, a expectativa é de expansão moderada.
“A euforia de 2010 não vai voltar. O crédito está desacelerando”, diz.
Com o desaquecimento da construção no último ano (alta de 1,4% ante 3,6% em 2011 e 11,6% em 2010), os preços dos produtos ligados ao setor também estão crescendo em ritmo menor.
A consultoria prevê que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) fique em 6,5% em 2013. No ano passado, ele registrou 7,1%.
Ainda em 2013, o preço da mão de obra deve subir (6,6%) um pouco mais que o dos materiais (6,3%).
Em 2014, a tendência é que a situação se inverta e que os salários aumentem 4,8%, enquanto os materiais alcancem os 7%.
Para 2015, as projeções são desanimadoras: crescimento de 0,9% no PIB da construção: “Aí teremos um período de ressaca eleitoral.”
Fonte: Folha de São Paulo – Acesso em 01/07/2013 – http://goo.gl/o3k8J
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