Por Luís Antônio Licks Missel Machado – luis@www.odykeller.com.br
A teoria econômica trata a figura do mercado como uma relação entre oferta e procura de bens. É como uma “feira”, onde algumas pessoas se apresentam “oferecendo” bens à venda, e outras pessoas (consumidores), vão até lá para procurar o melhor produto pelo melhor preço possível.
Compreendendo essa “figura”, fica fácil de entender que o mercado é uma relação de “oferta e procura” de bens. Contudo, “os mercados” podem se apresentar com algumas características diferenciadas, e que irão interferir nessa relação de oferta e procura, gerando reflexos na formação dos preços dos bens comercializados. E uma das principais interferências se dá, por exemplo, de acordo com o grau de “concorrência” entre os participantes do “mercado”.
Esse grau de concorrência pode se dar, basicamente, em cinco estágios: 1) concorrência perfeita; 2) concorrência imperfeita; 3) oligopólio; 4) monopólio; e 5) monopólio bilateral.
A “concorrência perfeita”, como o próprio nome diz (perfeita), não existe, pois seria um caso como se na “feira” existissem muitos feirantes, todos eles com frutas exatamente da mesma qualidade, a ponto de nenhum deles poder apresentar algum “diferencial” do seu produto. E consumidores o bastante para comprar esses bens, todos com o mesmo “gosto”, exatamente de acordo com os bens “idênticos” colocados à venda.
No outro extremo, teríamos o “monopólio bilateral”, também absolutamente raro de existir na prática. Para esse caso, haveria na “feira” apenas um feirante vendendo seu produto, e de outro lado haveria apenas um consumidor “procurando” por essa mercadoria.
Nessa situação, a negociação é fundamentada em um absoluto conflito de interesses, pois o único proprietário do bem procurado pelo consumidor irá tentar valer-se de sua situação para obter o maior preço possível. Já o único potencial consumidor também irá tentar valer-se de sua situação de maneira a forçar a baixa do preço, pois se não efetuar a compra, ninguém mais a fará.
Como se vê, tanto a “concorrência perfeita” como o “monopólio bilateral”, são casos teóricos, e bastante distantes da verdadeira “economia de mercado”. Assim, na realidade, existem situações em que é possível aos vendedores e aos consumidores alcançarem algum sucesso em obter um preço maior para a venda ou menor para a compra, e é estudando esses “mercados reais” a fundo que se pode, então, ter sucesso econômico, seja vendendo, ou comprando.
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